História
Do dia 15 de outubro a 1º de novembro, o Senhor nos confirmava no chamado. Seria muito prolongado, colocar tantos sinais, encontros e profecias que Ele nos deu.
Na proximidade do feriado de Todos os Santos, na oração e pela mesma liturgia, o Senhor parecia querer selar a nossa vida, numa Palavra: "O Espírito do Senhor está sobre mim..." (Lc 4, 18-19). No mesmo dia, Ele nos fazia intuir novamente as cores do Arco-íris como sinais de uma nova Aliança de Misericórdia, que se desdobrava nas várias expressões do Amor, pelos diferentes dons do Espírito.
No mesmo dia da Festa de Todos os Santos, o Senhor nos fazia compreender que esta obra teria nascido para a santificação de todos e que a santidade é a nossa primeira vocação à "luz das Bem Aventuranças." (Mt 5, 1-12)
Nós, Pe. Henrique e Pe. Antonello, juntamente com dois outros irmãos, Maria Paola e Dílson, começamos 40 dias de discernimento, a nossa "quarentena do homem velho", período em que nos comprometemos a vivermos com fidelidade as "cinco pedrinhas" que Nossa Senhora deu em Medjugorje, na batalha contra o mal: Eucaristia, Confissão, Palavra de Deus, Rosário e Jejum. Pedimos a Deus que nos desse, no fim destes 40 dias, a confirmação do chamado.
No primeiro dia do discernimento, dia de finados, entrando na capela da Comunidade onde morava, Pe. Henrique percebeu um pequeno sinal, confirmando a acolhida de Deus aos nossos desejos: perto do sacrário, um pequenino vaso com 4 pequenas margaridas humildes e no vaso uma escrita :"uma flor para um mundo melhor".
No dia 12 de dezembro terminava a nossa quarentena de oração e discernimento: era a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Rainha e Padroeira das Américas, dos pequenos, dos sofridos e oprimidos!
A festa caiu no III Domingo do Advento do Natal do Ano Santo, Ano da Misericórdia. Era a "Guadalupana" que, como Mulher vestida de sol, avançava, grávida, para pisar na Antiga Serpente, que nos levava a darmos passos firmes rumo a um novo Natal, a um novo nascimento na nossa vida, para que muitos pequenos e oprimidos, que Ela quer consolar e restaurar, pudessem experimentar o novo nascimento do Espírito Santo.
Compreendemos que a Imaculada do Espírito Santo, era a verdadeira Mãe e Fundadora desta pequena família que estava para nascer. A Mãe da Misericórdia abriu o nosso ouvido à Palavra de Deus, que neste Domingo quebrou a nossa surdez e toda dúvida do chamado. A liturgia da Igreja nos ofereceu o trecho jubilar de Isaías, que Jesus anuncia como síntese da própria missão e que sentimos ser chamados a continuar como consagração da nossa vida: (Is.61,1-2a)
Na passagem do Ano, confirmados pelo nosso bispo, nos reunimos em retiro, durante dez dias (de 31 de dezembro a 9 de janeiro), em Atibaia, nas redondezas do Santuário da Mãe Rainha, da nossa vida e da nossa Comunidade. Nós, os jovens e os casais que o Senhor tinha colocado ao nosso redor, ficamos reunidos dez dias como os Apóstolos, com Maria, no cenáculo, à espera do Pentecostes.
Na noite da passagem do Ano Santo de 2000, ano da Misericórdia, que abria as portas do Terceiro Milênio, o Senhor nos deu a graça de reconhecermos unidos no mesmo chamado e confirmados na oração pelo Espírito e na vida pelo sim da Igreja.
Na madrugada do dia primeiro de janeiro do Ano 2000, apresentamos a Maria, Mãe da Igreja e da Misericórdia, o nosso sim...
A Aliança de Misericórdia se caracterizou desde o seu nascimento, como Movimento eclesial pela presença de: sacerdotes e leigos, homens e mulheres, solteiros e casados, cujos membros aderem ao mesmo carisma de formas diferentes e em vários níveis, dependendo do próprio estado de vida e da própria e livre escolha pessoal.
Carisma
"O Espírito do Senhor esta sobre mim, porque ele me ungiu ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a libertação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor".(Lc 4, 18-19).
Nossa missão é tornarmos uma expressão viva do amor misericordioso, que brota do coração do nosso Deus através da sua Igreja, para com os mais pobres materialmente e espiritualmente.
Espiritualidade
Nosso lema, dado a nós por Dom Gil Antônio Moreira (então bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo) por ocasião do nascimento da comunidade, é:
"Evangelizar para transformar, transformando cada evangelizado em evangelizador"
Vivemos no apostolado este lema, baseando-nos em alguns pilares fundamentais:
A Palavra: meditada e vivida como princípio de decisão de toda a nossa vida.
A Eucaristia: celebrada e adorada como fonte e ápice do nosso chamado.
Maria: (Imaculada do Espírito Santo), nossa mãe e fundadora, a ela nos consagramos e prestamos toda a nossa devoção.
O Espírito Santo: protagonista de nossa missão, nos reveste do poder do Alto, dos seus dons e carismas, nos tornando testemunhas do Amor Misericordioso de Deus.
A Fraternidade: o espaço para crescer no amor, lugar do perdão e festa. A exemplo da família de Nazaré uma pequena imagem da vida Trinitária.
A Pobreza: nossa escola. Do pobre aprendemos a nos alegrar com o pouco, a apreciar tudo, a partilhar cada coisa, a agradecer e a pedir perdão, a recomeçar sempre com humildade, com o coração livre, de criança.
Conjugamos harmoniosamente evangelização e caridade como faces de uma só moeda.
Acreditamos que a dimensão carismática e evangelizadora sejam inseparáveis e que ambas conduzam a uma libertação integral a uma transformação total.
Site: www.misericordia.com.br
